sábado, 14 de abril de 2018

A arte de sair e divertir-me...com espanhóis.

Estou há 3 anos e meio cá em Madrid. 
Sempre que saio ou saio com espanhóis ou com portugueses, raramente saio com grupos mistos.
Mas há uma coisa, uma coisa que me acontece e que apesar de parecer não ter sentido nenhum, para mim até tem. 
As saídas com portugueses são muito fixes, falo, divirto-me, rio-me, no fundo não tenho grandes problemas e quando chego a casa tenho sempre a sensação que passei um bom momento.
As saídas com espanhóis já não são assim, e não é porque eles sejam más pessoas, nada disso, é porque eu tenho de estar concentrada. 
Concentrada para no meio do barulho (ou do restaurante, ou do bar ou da discoteca) os conseguir ouvir e não perder o fio à meada da conversa, concentrada para falar e concentrada para não "desligar" da situação porque me podem perguntar algo e eu deixei de saber do que falavam. E isto é um exercício que custa e aquele momento que deveria ser de descontração passa a ser tudo menos isso. 
E depois às vezes eles começam a falar daquilo que é mesmo espanhol, dos desenhos animados que viam quando eram pequenos, das histórias de quando eram adolescentes e depois vêm as piadas que só eles entendem....e aí estando ou não estando concentrada não há concentração que me valha. 
E é por isto tudo que as saídas para mim com espanhóis não são o mesmo que com os portugueses onde falo, rio e divirto-me a sério. 
As saídas com espanhóis são um exercício que me deixa sempre muito cansada psicologicamente quando finalmente chego à minha casa.

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