sexta-feira, 6 de novembro de 2015

As amizades.

A A. foi para a Holanda. O P. foi para a Bélgica. O A. foi para Malta. O C. voltou para Portugal, a A. voltou para a Alemanha,...estas pessoas fizeram todas elas parte da minha primeira incursão aqui em Madrid. Todas elas foram embora. 
Noutro dia a M. disse-me que para o ano volta para Portugal, o C. foi para Barcelona,... estes já são da minha 2ª incursão, e só passou um ano desde que cá estou. 

É preciso estar sempre a conhecer, sempre a fazer novas amizades, sempre a ir a festas, a convívios, a jantares, é preciso não perder o contacto. 
Em Portugal isto não é tão assim, não há esta necessidade tão vincada, porque temos os amigos de toda a vida, temos a nossa família. Aqui como não temos isso, temos de criar. E temos de estar  constantemente a fazê-lo.

E o que acontece é que as pessoas que conhecemos cá num dia, passam logo no dia seguinte a ser aquelas com quem saímos, com quem vamos tomar um café, com quem vamos às compras, porque temos de conhecer gente, temos de conviver.
As amizades aqui são muito voláteis, quando nos apercebemos que ganhámos alguém em quem confiamos essa pessoa decide ir embora...e temos de voltar a conhecer gente, mais gente...e isto é um ciclo, um ciclo que por mais que queiramos não termina nem nunca terminará. 

E é difícil, é muito difícil ver partir alguém, porque por estar longe, vivemos as coisas com o dobro da intensidade. 
E o ciclo recomeça novamente, como tantas vezes já recomeçou...
conhecer-> ganhar confiança->(.....)->despedir-se!

4 comentários:

  1. É um ciclo quase que agridoce. Eu não sei se me aguentava a esse ritmo em termos de amizades...

    ResponderEliminar
  2. Mas é preciso ter cuidado com as novas amizades. As aparências às vezes enganam.
    Nelson

    ResponderEliminar

Comentários Anónimos só serão aceites se forem assinados.